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Secretaria de Estado de Saúde Pública reforça ações de combate à hanseníase no estado


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Doença tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e contenção da proliferação da enfermidade

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza neste mês, através de seu Programa Estadual de Controle de Hanseníase, o “Janeiro Roxo”, campanha dedicada ao combate da doença no estado do Pará. Com o lema “Hanseníase Tem Cura!”, a Sespa intensificará no período medidas importantes para contribuir com a contenção da doença.

É importante destacar que a hanseníase tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e contenção da proliferação da doença. É preciso estar atento ao surgimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade na área da mancha. Ao detectar o surgimento do sintoma, a pessoa deve procurar a unidade de saúde básica mais próxima para investigar e, caso confirmado o diagnóstico, iniciar o tratamento e a investigação de possíveis outros contaminados. Caso não seja tratada da maneira correta, a hanseníase pode deixar sequelas como incapacidades físicas e deformidades.

O Pará conta com uma Unidade de Referência Especial (Ure) para o tratamento de hanseníase. Trata-se da Ure Marcello Cândia, localizada em Marituba, na Grande Belém. Lá são realizados os tratamentos de casos de maior complexidade encaminhados das unidades básicas de saúde.

Além das manchas no corpo, os possíveis sintomas da doença incluem dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo de braços e pernas, inchaço de mãos e pés, feridas na sola do pé, dificuldade de fechar os olhos, perda de força nas mãos e pés, nariz entupido, ressecado ou com sangramento, além de possível surgimento de caroços avermelhados e doloridos.

A equipe do Programa Estadual de Controle de Hanseníase da Sespa trabalha o ano inteiro visando capacitar os profissionais de saúde e agentes comunitários de todo o Pará para detectar a doença de forma mais rápida e as medidas a serem tomadas quando chegar ao diagnóstico de hanseníase.

A enfermeira Jovina Malcher falou sobre o trabalho da equipe perante os profissionais dos municípios: “Realizamos treinamentos constantes de forma on-line para tornar todas as unidades básicas de saúde do estado capazes de diagnosticar casos de hanseníase. Além disso, prestamos apoio logístico, distribuição de materiais informativos a serem distribuídos à população, capacitação de busca ativa de casos e instrução de campanhas municipais de combate à doença”, explicou.

O tratamento da hanseníase é simples, gratuito na rede pública de saúde e dura de seis meses a um ano. Logo que o tratamento é iniciado, a pessoa não transmite mais a doença. O contágio da doença ocorre através da respiração do infectado que ainda não começou o tratamento.

O Pará é, atualmente, o terceiro estado com maior número de casos registrados de hanseníase no país, sendo o Brasil o segundo país com o maior número de registros no mundo. A equipe de combate à hanseníase vem realizando um trabalho constante para a melhora desses dados da doença que é considerada endêmica na região metropolitana de Belém e no sudeste do estado.

Assim como ocorre com outras doenças, estima-se que os números de casos confirmados de hanseníase estejam subnotificados pelas restrições causadas pela pandemia da Covid-19. No ano de 2019, último ano antes da pandemia, foram registrados 2.512 casos no Pará. Em 2022, até novembro, foram registrados 1.272 casos no estado.

Texto: Edilson Teixeira/Ascom Sespa

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